terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tímida companhia

Olhando pro sol no calor do mar
As nuvens se desfazem com o brilho do luar
As ondas correm e sobem no meu peito
O vento frio congela os meus dedos

Toda a sensação de paz atravessa o meu corpo
Parte da minha alma reencontra o descanso
Meus pés pisam nessa terra flácida
Meus olhos fitam aquela beleza estampada

Uma beleza que não se compara às suas palavras
Palavras que são cada vez mais claras
Clareza com que enxergo sua risada
Risada que se mostra cada dia mais viva
Vida que se aproxima mais da minha
Sempre uma carícia feminina aquecendo o meu dia

Observando a alegria coletiva
Um desejo louco por uma nova vida
Cercado por sorrisos e abraços
Apenas me contentaria com sua voz tímida
Me permitiria esquecer da vida
Se permitiria abusar da bebida
Só pensaríamos na nossa alegria

Conto os dias para voltar no tempo
Lanço minha angústia numa garrafa de vinho
Mas logo mais o tempo terá voltado
Tudo será novamente iniciado
Nossas mãos estarão entrelaçadas e interligadas como sempre desejaram