sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nosso amor

E de repente, como nunca havia sido, nos encontramos estáticos dentro desse carro preto e blindado, que por simples descuidos nos manteve seguros. O vidro embaçado não mostra muito, apenas sussurra que outro mundo vive lá fora, distante dos nossos sonhos, submerso em piadas. Mesmo com tantas histórias infundadas, brilha a lua que já vive deitada, iluminada, incorporada... O fervor de sua luz fere a lata do carro e chega até nós como uma mensagem à jato. Sua mente levita e salta por cima dos fios macios e sólidos da tua crina, amortecendo minha cabeça fria com tantas regalias. Já estamos deitados, os bancos reclinados e apáticos, nossas histórias se cruzando num balanço arquitetado, mas não menos libertário, que une nossas mãos e fecha nossos olhos de tanta admiração. Nosso amor, nada mais que o respeito pelo seu espaço e o carinho pelo meu abraço.

Um comentário:

Fabíola Ortiz disse...

pare de roubar os meus pensamentos.