sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Por nós

Ah, pequena, volte a sorrir
Viva para ser feliz
Estou aqui, esperando por ti
Assim, como num sonho sem fim

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Brindemos ao início do que vamos ser

Não é para ter explicação
Nem propício para uma anunciação
Muito menos aberto para alguma razão

O único que há é o suspiro retido no ar
A suavidade beirando o teu falar
Os espasmos naturais em seu chorar
As miradas que ligam àquele par

Olhinhos verdes ou azuis que desviam o amar
Acabam por se identificar com o mar
O mar castanho do meu brilhar

Coincidência ou não, hoje o sol se pôs a brindar

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Antes fosse...

Segure os olhos para que todas as lágrimas dela não escorram pelo teu rosto. Não parece uma tarefa fácil, mas nós sabemos que você consegue. Não é a primeira vez.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aqui e ali

Sou um poeta, ator em parcelas
Finjo o que não sinto, escondo o que transmito
Busco, me alucino, agora sozinho

Quando digo que minto, não é por falta de carinho
Apenas lhe concedo essa dança por um martírio
Veja, nada é a beira do precipício
Mas tudo é o fim do caminho

Portanto, quando grito que me esquivo
Não é para fugir de ti ou do teu capricho
Gosto de dizer que vivo sem um plano definido
Somente esperando que seu sorriso eleve o meu espírito

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De qual lado estará?

Decidi escrever esse texto por ter me colocado bastante pensativo nos últimos dias. São muitas possibilidades e hipóteses rodeando a minha cabeça. Talvez signifique tudo, mas também pode não significar nada. É difícil fazer essa medição levando em conta tantos aspectos. E é aí que paro, reflito, imagino e idealizo. Como já dizia Gilberto Gil: "Sabe, gente? É tanta coisa que eu fico sem jeito. Sou eu sozinho e esse nó no peito". Pois é, e esse nó no peito...

Não saber o que pensar e como agir é duro. Olho, observo, penso e me perco. Mas também é engraçado ver como isso consegue mexer comigo de uma forma diferente. Sinto aquela sensação de antigamente, aquela ansiedade que não deixa o sorriso sair do meu rosto. Tudo isso é bonito, pois é simples e por inteiro ao mesmo tempo. A moral é essa, me completa.

Pois bem, se tudo me completa e não deixa que o sorriso saia do meu rosto, qual é o problema? Não há problema. Pelo menos não gosto de acreditar que exista algum de fato. Classificaria como algo complicado. Ver, ouvir, sentir e transmitir perdem o sentido quando vejo a barreira na minha frente. Ou melhor, ao teu lado.

Abrindo espaço para mais uma frase, cito Jorge Forbes, quando questiona: "Você quer o que deseja?". Essa é a pergunta que faço para ti. Consegue me responder? Quem está ao seu lado, é quem você gostaria que, de fato, estivesse? Ou será que o caminho de flores que se aloja ao ladinho teu, abrirá espaço para um novo fio de sol amante?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sangue memorizado

A imagem forte do sangue trilhando o chão não saiu mais da minha cabeça. Tampouco a mesa virada de pernas para o ar. Toda aquela refeição, tão demorada e trabalhada, estava atirada à sujeira. Ouvi o barulho de longe, mas senti como se atirassem no meu peito. Um susto imediato e inexplicável, que parecia momentâneo, se tornara recorrente. Logo em seguida, o chão tremia com aqueles passos carregados e nefastos, que saiam de sua própria vida. Gritos, desabafos e um grande estardalhaço. Os dias ecoam a mudança por todos os lados desde que teus olhos, um dia calmos, se negaram a ser enxugados.