quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Silêncio

Quanto mistério! Enquanto eu falo de peito aberto e me arrisco a te deixar navegar por possíveis deletérios, recebo em troca nada mais que frases jogadas no ar e interpretações do que não sei. Você esconde o que quer dizer e se esconde embaixo do que não quer sentir. Se entregar a sentir.

É tão difícil assim? Não faz sentido? Não faz razão nem emoção? E a intuição? Nem pensar...

Não consigo compreender o que você sente e o que você quer transmitir. Sim, são coisas distintas. Tão diferentes como pensar e agir. O que acontece é que me confundo com isso de não saber o que refletir. Pensar é ótimo, mas quando é feito em excesso, faz doer a cabeça. Antes a cabeça que o coração, não? Mas qual a diferença? Afinal, sinto os dois.

Posso te dizer que já me perdi algumas vezes. E junto com a perdição da minha mente, vem a falta de fôlego e o transtorno aparente. Quase um louco. Mas louco pelo que? Essa é fácil de responder...

Ei, criança! Sim, você! Você sabe quem é. Atribuo a você este adjetivo pelo seu espírito. Esse espírito infantil, que me faz sorrir para tudo que você diz. Não me importo em rir antes de ouvir, pois sei que há carinho e sinceridade em tudo que vai proferir. E eu, tão extasiado em simplesmente te ouvir, fico incapacitado de desmentir.

Pois é, bonequinha, me desculpe se não te entendo quando você prefere ficar em silêncio.

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