sexta-feira, 25 de março de 2011

Dona da emoção

Assim, mais que de repente e um tanto inocente
Feito aquele senhor berrando no batente
E os anúncios de amor jogados no presente
Um pouco de vida latente
Como os dias tingidos e de sempre

Oh, amor, quanta sobriedade
Quanto palavriado
Quantos esquadros...

Nem parece que você é de mentira
Odeio lembrar que é de verdade
Essa pressa do mundo é incrível
E nos inquieta pelo escuro

O ontem chegou até aqui
E me fez passar por cima dos que cantam
Passar a vez é tão normal
O que não convém é se acomodar
Mas quanta reflexão em vão...

Sim, senhor, patrão ou doutor
Ainda que seja tão lúcido o meu perdão
Me desafio a deixar o lírico numa mão
Tento não me enquadrar nessa posição
Nesse jargão...

Mas então, como dizem vocês
Senhoras ou madames
Minha vida não carece de emoção
Já existe uma tal de dona do meu coração

Um comentário:

Flávia Lopes disse...

Parabéns San, você tem um talento lindo =)
Beijos, Flá.