sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Natureza da felicidade

(...)

Depois de tudo, o silêncio fez-se presente e deu voz à natureza. À natureza da dúvida.

- Você vai ficar?
- ... Vem, vamos descansar um pouco.

Na manhã seguinte, em cima do mar de flores em que haviam adormecido, ela despertou e agradeceu quase calada por ele ainda estar ali. Ficou estática, apenas o admirando enquanto dormia. Mas ela sabia que esse momento não duraria para sempre, pois ele precisava seguir a vida. Então, mais uma vez quase calada, ela aproximou sua cabeça do peito dele e sorriu. O mais importante para ela era ter a consciência de que aquele instante nunca mais se repetiria. Para a sorte dos dois, a vida, daquele momento em diante, seria completamente diferente. Juntos ou separados, havia a certeza latejante de que, em algum lugar do mundo, a felicidade poderia ser alcançada.