segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Asas

O vento não toma seu pensamento
As águias não enxergam seus medos
A luz não absorve seu contexto
A brisa arrepia seus lampejos

As estrelas enfeitam suas histórias
Te forçam a acreditar naquela velha história
Mas você, como a lua, ilumina a esperança
E não deixa a luz te tocar com a lembrança
De que tudo tem que ser como antes
De que as estrelas dependem do seu sangue

Enquanto a lua se aquece do sol e do brilho das estrelas
Um pássaro sai do ninho para mudar esse contexto
Ele ouve, atento, todos os contos da noite
E vai até a lua, mesmo sem ter o alcance

De frente para as estrelas, ele cria coragem e começa a voar
Enfrenta todos os ventos, todas as chuvas, todas as luzes
Mas não desiste até tocar o seu par
Por fim, as asas se fecham de cansaço
Caem no espaço como um cego

Mas antes de fechar os olhos
O pássaro é puxado
Fica de frente com o pecado
Arranca um beijo da lua no céu estrelado

Um comentário:

J. Cardin disse...

tem várias partes boas nesse texto, as que não gostei te falo depois.

ATUALIZA!