No auge de toda sua clareza
Descendo em meio às nuvens da tormenta
Um pequeno rosto se alça na inocência
Nos faz esquecer dos medos gravados nas etiquetas
Com o poder da dúvida pairando em seu olhar
O certo se torna inescrupuloso, arde em fogo
E o que era errado se perde nos atalhos, abençoa o amor sistematizado
A cidade fecha os olhos e absorve
Fita o alto da colina
Não permite que sua memória seja esquecida
De arcos longos e calmos, se revela suave ao balançar
Reproduz aquele incômodo ruído
Instiga o vento a subir aflito
Sua expressão nos apresentava uma sensação
Viviamos numa espécie de tortura sem razão
Não aceitávamos viver em outro mundo
Um novo lugar em que não éramos amigos ou amores
Em que toda a noção do coração corria para o chão
Onde os valores estavam abaixo do perdão
Já agiamos sem a paixão
Nossas mãos fugiam sem percepção
A falta de consciência sufocava nossa voz
Os gritos, um dia ricos, hoje estavam sem brilho
Tudo isso começou sem haver um desapego
Nossos olhos arregalados, turbulentos
Não conseguiam se fechar com os desejos
Aquela angústia de chegar ao fim
Agora dava lugar àquela tortura sem fim
terça-feira, 25 de maio de 2010
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